A história dos bolos
Além do tão conhecido
pão-de-ló, tradicional no mundo inteiro, existia uma infinidade de tipos de
bolos com nomes diferentes e de características parecidas.
Os doces e biscoitos sempre
pertenceram ao cotidiano, o bolo, contrariando, sempre nos tirou da rotina,
pois falar de bolo nos remete a recepções, festas, visitas, confraternização,
sociabilidade, cerimônias, beleza, perfeição.
No início, todos os doces
produzidos em assadeiras eram considerados bolos, e estes tinham que ser
redondos, pois, como seu próprio nome diz, bolo vem de bola, desde os tempos do
império romano. Com o passar dos anos, foi se moldando conforme as necessidades
da decoração.
Existem muitas discordâncias
quanto à origem etimológica do bolo, no entanto é provável que o bolo tenha surgido
a partir das tortas, sendo que, do ponto de vista técnico, ele sempre teve uma
consistência macia, revestido de uma pequena crosta de massa.
Com o advento dos banquetes
luxuosos e exuberantes da época renascentista, os bolos passaram a ser a
atração principal, principalmente no que se refere à decoração. Depois, os
bolos passaram a ser glaciados com açúcar, polvilhados com frutas
cristalizadas, amêndoas trituradas e enfeitados com raminhos de alecrim.
O ano de 1800 foi de certa
forma considerado o auge dos bolos. Pudemos encontrar 101 tipos, entre eles o
“Bolo Espuma”, que foi o primeiro bolo no qual foi empregado o uso do creme,
mas teve muita dificuldade em ser aceito por causa de sua diferente textura,
não habitual para a época.
Durante o reinado da rainha
Vitória na Inglaterra, os bolos eram enormes, chegando a pesar mais de 100
quilos e ter uma altura maior que dois metros.
Os bolos, então, passaram a ser
divididos em diversas camadas e recheados por uma infinidade de cremes (creme
de vinho, perfumado com limão ou laranja, é um dos exemplos), mas o recheio à
base de manteiga veio surgir apenas no início do século XX. Perto de 1890,
surge difundindo-se rapidamente, o delicado “Creme Parisiense” ou “Ganache” que
até hoje em dia é considerado insuperável. Depois dele surge o “Creme
Italiano”, confeccionado por meio da estabilização da clara de ovos em neve com
o açúcar cozido.
Desde então, vários tipos de
bolos foram surgindo, e alguns estilos foram se destacando, como o
“croquembuche”, de carolinas; os feitos com o francês “foundant”, o “Glacê
Real”, entre outros.
Subdividir os vários tipos de
massas e doces, com base nas suas origens geográficas, seria um trabalho muito
complicado e, de certa forma, em vão. O importante é que os bolos, a cada dia
mais originais, vão surgindo, educando e transformando os paladares.
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